23 junho 2011

Sentindo Frio.


Dois corpos jogados unidos somente pelo braço.
Duas almas vazias vagando na escuridão de seus pensamentos.

Já não importa a rima...
O som...
A cor...

Mas dessa vez ela é roxa.
Vista através de quadrados distorcidos.

O corpo sem brilho completamente nu.
No vácuo do silêncio não se ouve nem sequer um suspiro, uma respiração,
Aquela que outrora era ofegante.

Já não escorre nem uma gota de suor.
E agora o sangue corre frio.

Eles não se reconhecem, agora são dois estranhos.
E amanhã nem se lembrarão que partilharam da mesma solidão.
Ele volta pra casa abatido.
Ela sentindo um vazio entre as mãos.