15 agosto 2012

As vezes me sobra alma de poeta, as vezes me falta poesia...


Até.

Hoje até o choro chora...

A fumaça dança ao som do vento.
E embora haja sol, ele escurece a visão...
E tudo turva.

O canto tímido do pássaro solitário.
Escondido por entre arbustos.
À procura.

Esse choro entalado na garganta.
E o estômago como uma máquina de lavar...
Mas passa.

Talvez seja a secura do tempo.
Das pessoas.
Do eu...

As reticências sempre tão presentes
Hoje afetam a escrita com precisão.

Precisaram, precisarão.
Da tristeza hoje tão disfarçadamente lânguida,
Como uma virgem repousando seus cabelos negros
Sobre as águas geladas de um lago.

Tão branca, tão negra...
Tão só.