24 setembro 2012

Onde começa o branco?

Foram tantas noites não dormidas.
Tanta abstinência de poesia.
Que meu espirito se calou.

Agora a força da natureza transpira poesia.
Cada gotícula de suor se atrai como um imã
Criando nuvens que se fundem com minha pele.

Os pequenos insetos fazem festa,
Uma incansável e inconveniente festa.
Parecem bailar perdidas em volta da luz.
... E tem lá seu brilho.

Poderosas rajadas de vento
Se chocam com meus ouvidos sonolentos.
Se parecem com as ondas enquanto me afogo no mar.

Eu ainda tenho medo de chorar mágoas antigas...
As idéias novas precisam de espaço,
Mas me falta o fôlego.

Aqui eu vejo o mundo de cima.
As luzes da cidade antiga.
O oceano e todas as cores.
... Que aos poucos se diluem
E se tornam branco.

Mas onde começa o branco?

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