Ele pediu que mantivesse meus pés no chão.
Queria que eu não sonhasse...
Me condenou a ter cinco minutos de alegria pra sempre,
apenas cinco minutos e fim.
... E tudo não passaria de uma lembrança estupidamente boa.
Ele não me conhece!
Sou feita de uma agonia fútil.
Estou sempre em queda livre e não tenho teto!
Não há medidas, metades, nem meios...
E isso me protege da mais completa insanidade.
Sendo assim, não posso me demorar ali...
Naquele coração tão submerso.
No olhar que vaga tão perdido.
Nas promessas e prisões que ele mesmo construiu.
... Ainda que as tenha revestido de amor.
03 dezembro 2016
15 abril 2016
CARTA DE (S) AMOR
A chuva se pronunciava lá fora
Mas nem uma gota chegou a tocar no chão, aquele que de tão quente causava vertigem.
Tolos.
Não ouviram falar que não se pode confiar cegamente nos sinais da natureza?
Ela é uma dama, dessas que se faz sádica por diversão.
Ele a comparava com ela, dizia que seus olhos escondiam tempestades.
O encontro deles não poderia ser em vão e certamente não ficaria impune.
O oceano se interpôs, os separando como continentes.
As palavras dele caíam como gotas de ácido sobre a cabeça dela.
Seu coração era como um relógio antigo, batendo atrasado e ecoando por dentro da moça que o esperava.
Ela era como uma casa assombrada de todos os seus espíritos, vagando na fúnebre esperança de em alguma vida voltarem a se encontrar.
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