03 dezembro 2016

Cinco Minutos.

Ele pediu que mantivesse meus pés no chão.
Queria que eu não sonhasse...

Me condenou a ter cinco minutos de alegria pra sempre,
apenas cinco minutos e fim.

... E tudo não passaria de uma lembrança estupidamente boa.

Ele não me conhece!
Sou feita de uma agonia fútil.
Estou sempre em queda livre e não tenho teto!

Não há medidas, metades, nem meios...
E isso me protege da mais completa insanidade.

Sendo assim, não posso me demorar ali...

Naquele coração tão submerso.
No olhar que vaga tão perdido.
Nas promessas e prisões que ele mesmo construiu.

... Ainda que as tenha revestido de amor.



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