Ele se mostra através das minhas retinas.
A mesma que eu sonhara que imprimisse imagens
Quisera eu, que todos a seu modo, também pudessem ver.
Está na simplicidade.
Ele se mostra nos contornos.
No calor e no aconchego do sono tranquilo.
É a substância de que a alma é feita.
Bela é a retina que pode ver essa pureza.
Me surpreende e ainda toca.
Ele ainda tem seu lugar no vai e vem da metrópole que não pode parar
É inspiração para olhos cansados e marejados.
Está em toda parte, em todo canto
Ele quer ser notado, interferido, sentido...
Surge como um flash
Naquele instante em que o mundo parou
Ele se mostra em detalhes, nas curvas e acentos
E só pede um segundo de atenção.
Ele vem na contra mão
Passeia por ruas tortas, por vagas lembranças, remotas, mas sempre presentes.
É presente!
Sorte daquele alí em foco que pôde ver
Ele nem se vê e já foi
Foi com o calor, com o tráfego, com a pressa
Ficou como figura, como passagem...
Mas foi.
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A menina dos olhos d'gua fica muito feliz!